Lição 11- Davi e a Restauração do Culto a Jeová
Texto Bíblico: 1 Crônicas 16.7-14
O nome de Davi está associado à adoração, ao louvor, ao culto, ao canto, à poesia, à liturgia e à oração. A respeito dos instrumentos musicais no culto israelita, o Salmo 150 ilustra muito adequadamente o espetáculo filarmônico que era a adoração em Israel. São citados trombetas, harpa, adufe, instrumentos de corda, flautas, címbalos e o próprio fôlego (Sl 33.2).
Depois de o Senhor confirmar o trono de todo Israel a Davi (2 Sm 5.1-5,12), o rei faz da cidade de Jerusalém a capital do reino (2 Sm 5.6-12). Uma de suas iniciativas foi trazer a arca do Senhor, que ainda estava em Quiriate-Jearim, para Jerusalém (1 Sm 6; 1 Cr 15). Davi pretendia transformar Jerusalém no centro político e religioso de Israel; para isto celebra uma festa, transportando a arca em um carro novo. Neste assunto o rei mostrou-se displicente em relação ao transporte das coisas santas (Nm 33), uma vez que a forma correta de transportar a arca era sobre os ombros dos sacerdotes (Js 3.6) em vez de pô-la num carro novo. Quando se iniciou o transporte da arca, Davi e todo o Israel “alegraram-se perante o Senhor, com toda sorte de instrumentos”. Todavia, a procissão termina em tragédia pela imprudência dos responsáveis pela peregrinação da arca sagrada. Tempos depois, o rei inicia uma grande reforma religiosa (1 Cr 16). Depois de fixar a arca em Jerusalém, Davi, com cerca de trinta e sete anos, intenta construir um grande templo na capital; o Senhor, porém, proíbe-o de fazê-lo (2 Sm 7; 1 Cr 17). Essa tarefa será do sucessor de Davi, Salomão, a quem o rei aconselha (1 Cr 17; 1 Cr 22.6-19). Todavia, isso não impede que o músico de Javé, quase aos setenta anos, faça os preparativos para a construção do grande templo (1 Cr 22), designe os turnos e funções dos levitas (1 Cr 23), os vinte e quatro turnos dos sacerdotes (1 Cr 24), as funções dos cantores e seus turnos (1 Cr 26), dos guardas do tesouro (1 Cr 26.20-28), dos oficiais e os juízes (1 Cr 26.29-32), o número do povo e as turmas de serviços para cada mês (1 Cr 27). Estavam, portanto, fundamentadas as bases da construção do Templo e de sua gestão e, por conseguinte, restaurada a adoração em Israel.
Na adoração a Deus, o adorador deve reconhecê-Lo como “digno de louvor” (Sl 48.1), “Altíssimo” (Sl 47.2), “Senhor” (Sl 31.21,23), “Pastor” (Sl 23.1), “Todo-Poderoso” (Gn 35.11; Êx 6.3), “misericordioso” (Sl 103.8; 116.6) entre outros indizíveis atributos morais e naturais de Deus. Adorar ao Senhor é mandamento incondicional (Sl 149.1). O Senhor deve ser adorado de manhã até a noite (Sl 113.3), hebraísmo que significa enquanto vivermos (Sl 146.2), ou em todo tempo (Sl 34.1). Na grande procissão em honra ao Senhor, o salmista Davi ordenara a todos que adorassem ao Senhor “na beleza da sua santidade” (1 Cr 16.29; 2 Cr 20.21; Sl 29.2; 96.9). Cantemos ao Senhor, Criador Absoluto de todas as coisas visíveis e invisíveis!
O modo de Davi exaltar a Deus e suas obras poderosas em favor de Israel consistia, em grande parte, em louvores e ações de graças. Segundo o novo concerto, todos os crentes são sacerdotes de Deus (1 Pe 2.5,9) e, como tais, devem desempenhar o ministério espiritual de louvores e ações de graças a Deus, “portanto, ofereçamos sempre, por Ele [Cristo] a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). O louvor e a adoração do crente devem ser com palavras e também com atos e são aceitáveis diante de Deus, somente à medida que o crente for dedicado à sua Palavra, e não conformado com o mundo (Rm 12.1,2).
Bibliografia
BENTHO, Esdras. et. al. Davi, As vitórias e as Derrotas de um Homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Fonte: Site da CPAD
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