terça-feira, 27 de abril de 2010

Lição 05 - O Poder da Intercessão -CPAD



















Leitura Bíblica em Classe

Jeremias 14.1-3,7,8,10; 15.1

Introdução

I. O que é Intercessão
II. Jeremias intercede por Judá
III. Por que devemos interceder

Conclusão

Prezado professor, a compreensão do conceito bíblico e a importância da Intercessão fundamentada na comunhão, são requisitos necessários para revigorar a nossa vida de oração e contemplar a intervenção de Deus nos acontecimentos das atividades humanas. O subsídio de hoje visa tratar exatamente sobres esses dois temas: o conceito bíblico de intercessão e a comunhão como base da intercessão.

Conceito Bíblico de Intercessão

O dicionário bíblico Wycliffe define o significado de intercessão no A.T.:[1]

“A palavra heb. para interceder (paga‘) originalmente significava ‘incidir sobre’, e desse modo veio a significar ‘atacar alguém com pedidos’. Quando tal ataque era feito em favor de outros, esta atitude era chamada de intercessão”.

Robert Brandt e Zenas Bicket concordam com essa definição:[2]

“O vocábulo hebraico paga‘ significa ‘encontrar-se’, ‘pôr pressão sobre’ e, finalmente ‘pleitear’.

No Novo Testamento a palavra grega entygchano significa “apelar”, “pleitear”, “pedir”, “fazer intercessão”, “orar”. Os textos abaixo denotam as formas verbais e substantivas que o termo aparece:

Rm 8.27,34: “E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos”; “Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está a direita de Deus, e também intercede por nós”.

1Tm 2.1: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens,”.

Note, professor, que todas as definições descritas acima enfatizam um contexto de ações espontâneas, voluntárias, permanentes e altruístas, conforme, as seguintes ilustrações:

· Gn 18-23 – A súplica sincera de Abraão por Sodoma e Gomorra;
· Êx 32.31,32 – A oração sincera e um espírito disposto de Moisés depois da idolatria praticada pelo o povo de Israel;
· 1Rs 18.36,37 – A oração intercessória de Elias no Monte Carmelo;
· Rm 8.34; Hb 7.25 – Cristo é retratado como um sacerdote que se aproxima sempre de Deus para interceder pelo o seu povo. Nesse caso o seu ministério tem dois aspectos, o de advogado que está pronto para exercer a nossa defesa (1Jo 2.1,2) e a sua obra preventiva de nos livrar do mal (Jo 17.15). Essa obra de livramento também é ilustrada no diálogo com Pedro, no qual o Senhor lhe diz: “Mas eu roguei por ti , para que a tua fé não desfaleça” (Lc 22.32);
· Rm 8.26 – A intercessão do Espírito Santo em favor do crente com gemidos inexpremíveis é sentida no momento em que o crente sente sua esperança desfalecer dentro de si, então, um gemido elevado, santo, e mais intenso do que qualquer voz, sai do seu coração renovado, é pronunciado dentro dele, vindo de Deus e indo para Deus a fim de aliviar o coração abatido;
· 1Tm 2.1-4 – A obra de intercessão dos crentes é em favor de todos os homens, com o propósito que todos possam chegar a verdade da salvação em Cristo. Nesse sentido todos os crentes são verdadeiros sacerdotes de Deus [sacerdócio real] (1Pe 2.9).

A comunhão como base da Intercessão

A intercessão na vida do povo de Deus está numa relação de confiança e na prática do amor mútuo na comunhão exercida no seio da igreja. O “orar uns pelos outros” só é possível na comunhão. Observe que o versículo 16 do capítulo 5 de Tiago antecipa o “orar uns pelos outros” por “confessai vossas culpas uns aos outros”. Nesse aspecto só é possível viver essa realidade de confissão quando há uma profunda vivência na Comunhão da comunidade. A vida em comunidade resultará na preocupação espontânea, voluntária e inocente mediante a intercessão pelas vidas de cada irmão e irmã que convivem em comunhão.

Sem comunhão não há intercessão verdadeira. A intercessão desprovida do Amor, do profundo sentimento altruísta e da comunhão sincera, torna-se um meio de conservar o status quo desprovido de qualquer sensibilidade e compromisso cristão com o próximo.

Prezado professor, neste domingo incentive, anime e ajude os seus alunos a cultivarem uma “vida em comunhão”, enfatizando que na vivência da comunhão a intercessão é um serviço essencial no meio do povo de Deus. No final da aula faça um momento de intercessão. Baseados no amor orem uns pelos outros. Ore pelo bairro, pela família, pelo o Estado, pelo país, pelas autoridades, pela liderança eclesiástica, pelos missionários, pela igreja perseguida e ore pelas igrejas espalhadas pela face da terra.

As causas de orações são grandes, porém, incentive os alunos a serem verdadeiros intercessores, enfatizando que mediante esse exercício, Deus pode intervir em qualquer aspecto da atividade humana. Boa Aula!

Reflexão: “Porque desde antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera” (Is 64.4).

Referência Bibliográfica

Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD.
BRANDT,Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD.
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[1] Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, p. 978
[2] BRANDT,Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, p. 29.

Fonte: Site da CPAD


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terça-feira, 20 de abril de 2010

Lição 04 - Chorando aos Pés do Senhor - CPAD



















Leitura Bíblica em Classe



Jeremias 9.1-3,5-9

Introdução


I. O lamento de Jeremias
II. O lamento de Samuel
III. O lamento de Oséias
IV. O lamento de Paulo

Conclusão

John Kenox: o homem que chorou por sua nação

Professor, lamentar, chorar e se entristecer com a real situação de miséria da sociedade hodierna é o desabrochar da verdadeira espiritualidade. John Knox foi um baluarte da Reforma na Escócia porque não se conformou à degradação da sociedade de sua época. O subsídio de hoje tem o objetivo de traçar a vida deste servo de Deus e achar nele a relação com o profeta Jeremias: ambos lamentaram profundamente o estado de miséria de seus países.

A Vida de John Knox[1]

Na Escócia, um herói reformista teve a mesma envergadura e o mesmo poder que Calvino teve em Genebra. Seu nome era Jonh Knox (1513 – 1572). Sabe-se pouco do início de sua vida, a não ser que foi criado em Haddington e frequentou a Universidade de Saint Andrews. Ele abraçou o ponto de vista da Reforma por causa da influência de um amigo muito próximo, Gerge Wishart. O arcebispo Beaton prendeu Wishart por causa de suas posições e não permitiu que John Knox intercedesse a favor dele. No dia em que queimaram George Wishart na estaca, em Saint Andrews, John entrou no movimento reformista. A população preparava-se para uma revolução, pois havia grande fomentação intelectual, como também raiva por causa dos muitos abusos cometidos pelo clero. O povo escocês queria uma fé simples e pura. Knox tornou-se um líder natural.

Entretanto, sua jornada para tornar-se líder levou-o a uma rota de dificuldade e sofrimento. Depois de capturado em Saint Andrews, ele serviu por dezenove meses como escravo. Depois de sua libertação, tornou-se capelão real. Mas a vida não ficaria mais fácil para ele. Em 1533, teve de esconder-se quando a patrona católica, rainha Maria, subiu ao trono da Inglaterra. John Knox refugiou-se em Genebra, onde se tornou discípulo de João Calvino, tanto na teologia como na forma de governar a igreja. Em 1555, ele retornou para a Escócia, pastoreou uma congregação e casou-se com Marjorie Bowes.

[...] Knox permaneceu firme, com coragem e constância, contra os líderes políticos que tentavam esmagar sua visão teológica. Como escritor observou: “Seu destemor e sua bem-sucedida oposição ao regente e à rainha distinguem-no como verdadeiro patriota. Contudo, o próprio homem foi a chave para suas grandes conquistas – incansável, sincero, simples, prático... sem esquecer o humor e a ternura”.

A gravação na lápide de Knox reflete fielmente sua personalidade modesta e simples: uma pedra de pavimentação gravada apenas com as iniciais, em letras pequenas, que repousa na estrada de High Street, em Edimburgo. A sepultura modesta não nos impede de reconhecer que Knox foi um dos homens mais influentes de toda a Escócia. Os escoceses, agradecidos pela disposição dele em resistir com dedicação a uma das épocas mais turbulentas, também devem agradecer a Deus pelo fato de a igreja desse país estar viva e bem.

Professor, coragem, personalidade e temor só a Deus, foram as características de John Kenox (similares as do profeta Jeremias). Knox não exitou em conclamar o povo, a chorar e rogar a Deus uma intervenção numa nação onde a imoralidade, a falta de sobriedade (embriaguez), o tráfico de coisas sagradas, a ganância por dinheiro e o desprezo pelo povo caracterizavam a sociedade e os líderes da Igreja Romana da época. Knox influenciou de sobremaneira a sociedade, deixando-nos o exemplo de não conformação com a situação atual. Devemos atender esse chamado para angústia, devemos chorar e prantear aos pés do Senhor (Zc 12.10). Quando choramos com sinceridade, Deus promete consolo e anuncia tão grande livramento (Zc 13.1).

Caro, professor trabalhe esses princípios com os seus alunos e encoraje-os a clamar e prantear diante do Senhor. Deus demonstra em sua Santa Palavra que sempre que o seu povo se quebrantava, Ele removia os “cativeiros”, seja qual fosse a esfera da afronta. O Eterno é o mesmo, Ele não muda! Amém!

“Dá-me a Escócia, senão morrerei.”

(John Kenox)

“O que faremos nós diante da gravíssima situação em que vive nosso país?”
(Claudionor de Andrade)

[1] Texto Extraído da Obra de James L. Garlow “Deus e o seu Povo, a História da Igreja como Reino de Deus. 1ª ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007, p. 145, 6.

Fonte: Site da CPAD

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lição 03 - Anunciando ousadamente a Palavra de Deus -CPAD




















Leitura Bíblica em Classe

Jeremias 7.1-11

Introdução

I. Jeremias é chamado a pregar na porta do templo
II. A mensagem de Jeremias
III. Jeremias combate a teologia do templo
IV. A lição de Siló

Conclusão

A Ortopraxia do Culto e da Adoração

Prezado professor, a lição de hoje procura retratar o perigo de a nossa vida espiritual tornar-se uma mera observação ritualística, desprovida do sentimento verdadeiro que permita indignar-se com as injustiças ao nosso redor e a falta de ética com a vida humana. O subsídio desta lição aborda o conceito de Culto, o seu desdobramento na Adoração e o significado da adoração atrelado a Ortopraxia (uma prática certa) do cristão.

O culto

O termo culto é derivado do latim cultus, que significa veneração, tributação voluntária de louvores e honra ao Criador. A liturgia ou ritual praticado no templo não é propriamente o culto. Porém, sua característica está na piedade, sentimento e amor a Deus, onde é possível denotar a verdadeira predisposição espiritual na adoração. O que ocorrera com os judeus na época de Jeremias, foi que o sistema do culto era observado como um ritual frio que deveria ser praticado sem compromisso algum do caráter pessoal. Em Provérbios 7. 14,15 o rei Salomão denota com destreza a mecanicidade pragmática do culto no Israel monárquico, onde uma mulher apresenta sacrifícios pacíficos (um elemento de culto) e em seguida acha-se livre para cometer a mais sórdida infidelidade: o adultério. O culto desprovido da vida sincera com Deus torna-se corrupto!

O desdobramento do culto na adoração

O termo adoração versa do latim adorationem, que significa orar para alguém. É a veneração elevada que se presta a Deus, reconhecendo sua soberania em todas as esferas da vida. Por isso a vida de adoração não está limitada a área geográfica, mas ao verdadeiro estilo de vida que a representa. O Senhor Jesus disse “que o Pai busca adoradores que o adorem em Espírito e em Verdade” [1]. O ensino do Senhor ainda destaca “amar o Pai de todo o coração, alma e pensamento” [2] como características fundamentais da perfeita adoração. O Pastor Claudionor de Andrade (autor da lição desse trimestre) conceitua o termo adoração: “Adoração não é contemplação; é, acima de tudo, serviço que se presta ao Reino de Deus”. Essas exposições afirmam que a prática da adoração está longe de uma observação estática de elementos que não constituem vida e sentimento para com Deus, mas requer a manifestação verdadeira da adoração autêntica que represente a verdade na vida dos que propõe a intimidade de amar a Deus acima de todas as coisas. A adoração não é episódica, mas permanente, intensa e profunda.

Adoração e a Ortopraxia

O profeta Jeremias denunciava que o culto não denotava a relação essencial do povo com Deus. Enquanto em muitas religiões basta você repetir algumas fórmulas em palavras para se tornar um membro dela (como no islamismo), para Deus isso não é o suficiente. Alguns profetas denunciaram o que Deus sentia ao ver homens declarando superficialmente com seus lábios o amor a Deus, mas com o seu coração longe e insensível à sua voz. Vejamos alguns textos: “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;” [3]; “Eis que para contendas e debates, jejuais e para dardes punhadas impiamente; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto” [4]; “Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este. Mas deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras... se não [mas] oprimirdes o estrangeiro, e o orfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para o vosso próprio mal” [5]; “... Quando jejuardes e pranteaste, no quinto e no sétimo mês, durante estes setentas anos, jejuastes vós para mim, mesmo para mim?... Executai juízo verdadeiro, mostrai piedade e misericórdia cada um a seu irmão; e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente o mal cada um contra o seu irmão, no seu coração” [6]. Essas profecias trouxeram a tona a hipocrisia do povo e da elite (nobres e sacerdotes), deixando claro que não pode haver dualidade na adoração. Ela não é desassociada da prática na vida comum. O Eterno deixou claro que a proposta do homem em cultuá-lo (jejuns, orações, Cânticos, etc.) deve ser embasada numa relação íntima com Deus e com o próximo. O novo mandamento de Jesus se dá na vertical (amar a Deus) e na horizontal (amar o próximo) das relações.

Professor! Mostre aos alunos que Deus rejeitou o culto dos judeus porque ele não representava a verdade das suas ações. Pode o homem ofertar a Deus e ao mesmo tempo ser iracundo com o seu próximo?[7] A fé desse homem pode ser sustentada enquanto a injustiça contra o próximo é explícita?[8] É possível uma fé desprovida de ação?[9] Portanto, prezado professor, use a lição de hoje para despertar essa reflexão. Exorte os seus alunos a pensarem e viverem uma fé autêntica e relevante. Deus está em busca de verdadeiros adoradores! Adoradores que o adorem com a vida. Amém!

Reflexão: “Mas o propósito maior da relevância dos crentes, como sal da terra e luz do mundo, é glorificar a Deus. Foi o que Jesus disse: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso pai, que está nos céus. Deus é o fim de todas as ações cristãs desencadeadas pelos seus servos. Quando feridos são restaurados em razão do trabalho de cada um, Deus é exaltado em sua glória, pois trata-se do resgate de sua imagem em vidas antes corrompidas pelo pecado. Não só esta ação o glorifica, mas os que são tocados por ela transformam-se em verdadeiros adoradores do Altíssimo.” (COUTO, Geremias do. Transparência da Vida Cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2001, p.56.)

Referência Bibliográfica

ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro, CPAD, 2008. CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Rio de Janeiro. 2ª ed. Vol. 5. CPAD/HAGNOS, 2001.
COUTO, Geremias do. Transparência da Vida Cristã. Rio de Janeiro. CPAD, 2001, p.41-56.
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[1] João 4.23.
[2] Mateus 22.37,38.
[3] Isaías 29.13.
[4] Isaías 58.4.
[5] Jeremias 7.4-6.
[6] Zacarias 7. 5,9,10.
[7] Mateus 5.23,24; cf Mateus 22.39,40.
[8] 1 João 2.9-11.
[9] Tiago 2. 14-18.

[1] MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. 4ª ed. CPAD, 2004, p. 261-271.
[2] Manual Pastor Pentecostal, Teologia e Práticas Pastorais. Rio de Janeiro. 3ª ed. CPAD, 2005, p. 82,84.

Fonte: Site da CPAD

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Lição 02 - Os perigos do desvio espiritual -CPAD



















Leitura Bíblica em Classe


Jeremias 2.1-7,12,13

I. O que é apostasia?
II. Um brado contra a apostasia
III. Em que consistia a apostasia de Israel?

Tema do Subsídio

Pregador e Pregação: Um antídoto eficaz contra a apostasia

Prezado professor, na lição de hoje o universo temático é palpitante: Apostasia. A apostasia é um ataque interno, ela surge silenciosamente no seio da família, igreja e seminários; e se externaliza em seus efeitos perante a sociedade.

O subsídio dessa lição se propõe analisar os instrumentos eficazes para denunciar e erradicar a Apostasia: Pregador e Pregação.

Visando fazer um diálogo desses dois instrumentos com a problemática da apostasia, queremos mostrar a relevância e a seriedade que se deve aplicar ao exercício da pregação contemporânea.

A relevância do Pregador

O pregador contemporâneo tem um grande desafio pela frente: ser autêntico com a genuinidade do Evangelho. O grande perigo que sonda o pregador é a espetacularização da mensagem. A consequencia é a “fabricação” da mensagem para massagear egos e não comunicar verdades palpitantes do texto bíblico. Deve o pregador ter em mente que a sua relação com a Bíblia deve ser a mais natural possível. Sobre isso diz o doutor Martin Lloyd-Jones (o relevante pregador britânico de sua época) ao pregador: “O grande perigo é lermos a Bíblia ao acaso, pegando somente as passagens de que gostamos. O certo seria lermos a Bíblia pelo menos uma vez por ano, todos os anos. Feita essa leitura geral todos os dias, podemos estudar um livro específico da Bíblia com a ajuda de comentários. Não se deve ler a Bíblia à procura de textos para sermões, mas sim porque ela é um alimento de Deus para a alma. Assim fazendo, logo descobriremos um texto em particular que nos abala, sugerindo um material para o sermão”.

Esse condicionamento para o texto bíblico implicará na motivação do Pregador. O pregador que tem em sua alma a essência do Evangelho poderá falar seguramente “Assim diz o Senhor!”, ainda que esta fala afronte diretamente interesses particulares. O Evangelho não é para concessões, mas nós devemos a todo tempo fazer as concessões que o Evangelho determina. É o Evangelho que faz o homem retroceder nos seus intentos ruins. Sentir o que Deus sente, falar o que Deus fala só é possível a partir da relação íntima cultivada com Ele após perscrutar os direcionamentos dados através de suas Verdades. Por isso, a relação do pregador diante da revelação de Deus, deve ser proporcional a necessidade íntima que ele manifesta perante Deus, ou seja, precisa vir da relação mais natural possível com a Palavra de Deus.

A pregação e a apostasia

Para a apostasia ser combatida e erradicada, a pregação deve desempenhar um papel relevante. Seus aspectos, desafiador, corretor e consolador precisam ser preservados com a base do amor. Podemos tomar emprestadas algumas considerações de Jhon MacARTHUR, Jr.[1], onde ele explora com destreza as características da pregação:

· A pregação deve receber a devida prioridade;
· A pregação deve receber a devida fundamentação;
· A pregação deve possuir o devido conteúdo;
· A pregação deve conter o devido compromisso;
· A pregação deve manifestar o chamado supremo do pregador.

Expressando de forma autêntica, o Pastor George O. Wood expõe a seriedade da pregação elegendo um método: “Uma razão para o pastorado longo: ‘Pregação Expositiva’[2]. A pregação expositiva basicamente toma uma perícope da Escritura respondendo duas perguntas: O que disse? E o que diz? Após responder essas perguntas, os pontos principais e os subpontos da mensagem são regidos pelo próprio texto, ou seja, a pregação expositiva não permite ondulações externa ao texto, mas exige que o pregador domine integralmente o âmago do texto para garantir a fidelidade na exposição do texto bíblico. Por isso o papel da pregação no combate à apostasia é tão relevante!

Olhando para a história da igreja, aonde ocorreram os Avivamentos, Despertamentos e Arrependimentos; a seriedade kerigmática sempre esteve presente nesses movimentos (John Wesley; Charles Spurgeon; Jonathan Edwards; etc...). Portanto, contra a apostasia, faz-se necessário o exercício sério, paulatino, intelectual e espiritual da pregação. Esta por sua vez precisa responder perguntas que estão sendo feitas, precisa comunicar verdades absolutas, precisa iluminar as mentes, precisa aquecer os corações, precisa acalmar o aflito, precisa incomodar o acomodado, precisa desafiar à encarnarnação dos valores contido no Reino. O Pregador precisa falar e o povo precisa ouvir, assim, a apostasia terá uma poderosa barreira no seio da igreja!

Referência Bibliográfica

MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. 4ª ed. CPAD, 2004.
Manual Pastor Pentecostal, Teologia e Práticas Pastorais. Rio de Janeiro. 3ª ed. CPAD, 2005.
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[1] MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral, Alcançando a excelência no ministério cristão. Rio de Janeiro. 4ª ed. CPAD, 2004, p. 261-271.
[2] Manual Pastor Pentecostal, Teologia e Práticas Pastorais. Rio de Janeiro. 3ª ed. CPAD, 2005, p. 82,84

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