quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Conselhos sobre namoro


O NAMORO AINDA EXISTE?



 

PASTOR CIRO SANCHES ZIBORDI


" Quando eu era jovem e solteiro, tive a felicidade de ter sido instruído por meus pais e pastores acerca do namoro cristão. Aprendi que, para ser abençoado no casamento, é preciso começar certo, tendo um namoro de acordo com a vontade do Senhor (Rm 12.1,2), pois “... aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2.17).

Aprendi que há três fases muito importantes num relacionamento afetivo: namoro, noivado e casamento. O namoro é a fase em que o futuro casal se conhece e, por isso, deve conversar, conversar, conversar... O noivado é o período de preparação para o casamento, isto é, a união do casal propriamente dita.

Como fui abençoado nessa área, sinto-me no dever de ajudar a outros, o que procurarei fazer, nesta semana em que ocorre o chamado DIA DOS NAMORADOS, por meio deste artigo. Sei que, para muitos, o que eu vou dizer aqui parecerá ultrapassado, arcaico e rígido demais para esse tempo em que prevalecem influências filosóficas como relativismo, hedonismo, egoísmo, imediatismo e narcisismo. Mas espero ajudar pelos menos os jovens realmente interessados em glorificar a Deus em tudo (1 Co 10.31).

O que é o nAMORo?

Confunde-se, hoje em dia, namoro com flerte, aventura e relacionamento sem compromisso. O chamado “ficar” parece ter chegado para ficar. E é comum ouvir jovens dizendo: “Eu só fiquei com ele naquele dia; não foi nada sério”. Entre as pessoas que não temem a Deus prevalece a idéia de que os namorados podem se relacionar intimamente, sem nenhuma restrição. E vemos pscicólogos e a própria mídia incentivando isso.

O namoro — namoro, mesmo! — é uma fase de conhecimento recíproco, que precede o período de preparação para o casamento: o noivado. Na palavra “namoro” está contido o termo “amor”, evidenciando que não se trata de um período sem importância. O nAMORo verdadeiro é para pessoas que se amam, e não para aquelas que apenas têm uma atração passageira ou simplesmente não querem ficar sozinhas.

Quando começar um nAMORo?

Para se começar um namoro, é preciso ter alcançado a maturidade, período que só vem após a adolescência, que é uma fase de transição entre a infância e a juventude. Como não se trata de passatempo, mas de uma importante etapa, só deve pensar em namoro quem realmente está determinado a casar. Quem namora por namorar está começando errado e sofrerá as conseqüências (Gl 6.7). E quem diz que namoro sério deve, necessariamente, se preocupar com as condições mínimas para um futuro casamento.

Certo rapaz que havia pedido uma jovem em casamento ouviu dela a seguinte condição: “Eu quero que você converse com o meu pai”. O rapaz concordou em pedir permissão ao pai da jovem para namorá-la (prática que, hoje em dia, é tida como retrógrada, infelizmente).

Começou, então, o interrogatório:

— Você trabalha? — perguntou o pai da jovem.
— Não, mas Deus vai me ajudar — respondeu o rapaz.
— Estuda?
— Não, precisei parar. Mas Deus vai me ajudar.
— Tem idéia de como sustentará a minha filha enquanto nenhum de vocês estiver trabalhando?
— Não, mas tenho certeza de que Deus me ajudará...

Ao ouvir as repetitivas respostas, o pai disse à jovem: “Minha filha, eu não sabia que agora eu sou Deus...”

Lembre-se: Deus ajuda aqueles que se esforçam e têm vontade de trabalhar (Jó 5.7; Pv 31.27). Quem namora — namora, mesmo! — deve ter um alvo: o casamento. E deve trabalhar em prol de tal realização.

Como encontrar a pessoa ideal para nAMORar?

Quem pensa em namorar de verdade, tendo como objetivo o casamento, precisa atentar para duas coisas importantes. Primeiro, deve orar com fé, esperando no Senhor (Sl 40.1), pois Ele é poderoso para lhe preparar a pessoa certa (Pv 19.14). Ao mesmo tempo, é necessário procurar (Pv 18.22), pois em tudo, na vida, existe a parte de Deus e a do homem (Pv 16.1,2; Tg 4.8).

O jovem cristão deve ter cuidado com os profetizadores casamenteiros (Ez 13.2,3; Ap 2.20), pois a profecia, como dom do Espírito Santo que se manifesta, usualmente, num culto coletivo a Deus, não serve, em regra geral, para ajudar os jovens crentes a encontrarem a “pessoa preparada”. As suas finalidades são edificação, exortação e consolação do povo de Deus (1 Co 14.3).

Muitos hoje são infelizes em sua vida conjugal porque deram ouvidos a falsos profetas. Namoro é coisa séria! Não se deve permitir que a escolha tenha a interferência de terceiros, exceto dos pais, que devem sim aconselhar e ajudar os filhos nessa tomada de decisão.

Deve-se, ainda, orar e procurar uma pessoa, segundo os critérios contidos na Palavra de Deus. Nessa busca, é necessário identificar qualidades, como a espiritualidade (1 Co 2.14-16; 5.11), a beleza interior (Pv 15.13). Muitos se preocupam demasiadamente com a beleza física, que é enganosa (Pv 31.30). Esquecem-se de que a beleza da alma é a mais importante (1 Sm 16.17) e permanece mesmo com o passar dos anos, enquanto a exterior é ilusória, passageira e morrerá tal como uma flor (Pv 11.22; 1 Pe 1.24,25).

É preciso se preocupar também com a compatibilidade (Am 3.3). Muitos hoje dizem que isso não é importante e pensam que podem namorar uma pessoa descrente para ganhá-la para Jesus. Fazer isso, no entanto, é o mesmo que se jogar em um poço para tentar salvar alguém que lá caiu. E ninguém faria isso. Deve-se jogar a “corda” do evangelho para o não-crente se salvar, mas sem nenhum envolvimento sentimental.

Meu conselho é: antes de começar um namoro, é preciso verificar se não há incompatibilidades espiritual, social, etária, cultural, etc. A mais perigosa é a espiritual (2 Jo vv. 10,11). Considerando que a Bíblia chama os incrédulos de filhos do diabo (1 Jo 3.10), não havendo, pois, meio-termo, relacionar-se com um significa ter o Diabo como sogro.

Não pense que um(a) filho(a) do Diabo terá Deus como sogro, em razão de se relacionar com um(a) filho(a) de Deus, equilibrando, assim, o relacionamento. Nos casos de mistura, sempre é o crente o prejudicado (Gn 6.1-4; 1 Co 10). Por quê? Porque está pecando conscientemente, ignorando o que a Palavra de Deus ensina quando ao jugo desigual com os infiéis (2 Co 6.14-18). Não há, portanto, nenhum consenso entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás.

Que cuidados se deve tomar em um nAMORo?

Aos que já namoram dou alguns conselhos. É preciso ter a preocupação de não exceder nas intimidades (2 Tm 2.22). Não é preciso se sentar a um metro de distância nem pedir para alguém ficar entre os dois. Todavia, não se deve confundir carinho com carícias, que devem ser guardadas para o casamento (Pv 6.27,28; 20.21). Para isso, é preciso vencer as concupiscências, cobiças (Tg 1.14,15; 1 Jo 2.15-17), seja a dos olhos (Gn 3.6; Js 7.21; Mt 6.22,23), seja a da carne (1 Co 6.19,20). Peço ao leitores interessados no assunto que confiram todas as referências bíblicas, pois elas são muito mais relevantes (mas muito, mesmo!) do que as próprias palavras deste editor.

Quanto tempo deve durar o nAMORo?

Nem muito nem pouco tempo. Geralmente, quem prolonga o período do namoro é porque não tem vontade de casar. Alguns, após longos anos, casam, mas não são felizes. O motivo? É possível que o casamento tenha sido ocasionado por pressão, e não por amor verdadeiro. Por outro lado, quem namora pouco tempo, não se prepara suficientemente para o casamento e poderá ter problemas sérios de ajustamento conjugal.

Como conduzir o nAMORo de acordo com a vontade de Deus?

Leia sempre a Palavra de Deus (Sl 119.105); ore todos os dias (1 Ts 5.17; Jr 33.3); cultive o amor (1 Co 16.14; 13.4-8), pois, sem ele, não há razão para existir namoro; aprenda a renunciar; não seja sempre o(a) “dono(a) da verdade” (Fp 2.4); saiba viver em harmonia (Pv 17.1), aprendendo a “dar o braço a torcer” (Pv 15.1); seja fiel, pois, quem não é fiel no namoro, não o será no casamento. Quem ama de verdade se mantém fiel até o fim (Pv 5.15-20; Ml 2.14,15).

Feliz dia dos nAMORados!"


Livros do Pastor Ciro aqui: Blog do Pastor Ciro Zibordi


Nota: ilustrações do texto: por João Cruzué


Fonte: Blog Olhar Cristão

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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Happy new year - Feliz ano novo -2010





Gostaríamos de desejar um novo ano cheio de ricas bênçãos da parte do altíssimo a todos os internautas, amigos e irmãos que nos visitam!

We would like to wish a new year full of rich blessings from the highest to all Internet users, friends and brothers who visit us!

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Lição 01- A Defesa do Apostolado de Paulo



  Texto Bíblico: 2 Coríntios 1.12-14; 10.4,5
 

     Provavelmente a Segunda Epístola aos Coríntios foi escrita cerca de um ano depois da Primeira. Seu conteúdo está intimamente relacionado com o da primeira epístola. Aqui comenta-se particularmente a maneira como foi recebida a carta que Paulo escrevera anteriormente; esta foi tal que encheu o seu coração de gratidão a Deus, que o capacitou para desempenhar tão plenamente o seu dever para com eles. Muitos mostraram sinais de arrependimento e correção em sua conduta, mas outros ainda      seguiam aos seus falsos mestres; e como o apóstolo postergava a sua visita, por não desejar tratá-los com severidade, o acusaram de leviandade e mudança de conduta, de orgulho, vanglória e severidade, e falavam dele com  desprezo. Nesta epístola encontramos o mesmo afeto ardente de Paulo pelos discípulos de Corinto, que foi expresso na epístola anterior; o mesmo zelo pela honra do evangelho e a mesma ousadia para a repreensão cristã.
     Paulo escreveu essa epístola a três classes de pessoas em Corinto: (1) Primeiro escreveu para encorajar a maioria da igreja que lhe era fiel, como seu pai espiritual. (2) Escreveu para contestar e desmascarar os falsos apóstolos que continuavam a difamá-lo. (3) Escreveu, também, para repreender a minoria na igreja influenciada por seus oponentes e que não acatavam a sua autoridade e correção. Paulo reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação a eles, esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões.
     II Coríntios têm três divisões principais. Na primeira, Paulo começa dando graças a Deus pela sua consolação em meio aos sofrimentos em prol do evangelho, elogia os coríntios por disciplinarem um grande transgressor e defende sua integridade ao alterar seus planos de viagem. Em 3.1_6.10, Paulo apresenta o mais extenso ensino do Novo Testamento sobre o verdadeiro caráter do ministério. Ressalta a importância da separação do mundo (6.11_7.1) e expressa sua alegria ao saber, através de Tito, do arrependimento de muitos na igreja de Corinto, que antes se desacatavam a sua autoridade apostólica. Nos capítulos 8 e 9, Paulo exorta os coríntios a demonstrar a mesma generosidade cristã e sincera dos macedônios, ao contribuírem na campanha por ele dirigida, a favor dos crentes pobres de Jerusalém. O estilo da epístola muda nos capítulos 10 a 13. Agora, Paulo defende o seu apostolado, discorrendo sobre a sua chamada, qualificações e sofrimentos como um verdadeiro apóstolo. Com isso, Paulo espera que os coríntios reconheçam os falsos apóstolos entre eles, o que os poupará de futura disciplina quando ele lá chegar.
     No primeiro capítulo de II Coríntios versículos 12-14, o apóstolo Paulo declara a sua própria integridade e a de seus companheiros de labor. Mesmo como pecador, ele somente podia regozijar-se e gloriar-se em ser realmente aquilo que professava. A consciência testifica acerca do curso e do teor que fazem parte da vida. Por isso podemos nos julgar, e não por este ou aquele ato isolado. Nossa conversão será bem ordenada, se vivermos e atuarmos sob o princípio da graça no coração. Tendo isto, podemos deixar o nosso caráter nas mãos do Senhor, mas usando os meios apropriados para demonstrá-lo, quando o mérito do evangelho ou nossa utilidade assim o exigir.

Bibliografia:
Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD
Comentário Bíblico Matthew Henri, p.968. Rio de Janeiro: CPAD.


Publicado no site da CPAD

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O NASCIMENTO DE JESUS, UM CORDEL SOBRE O NATAL

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Lição 13- Davi o Homem Segundo o Coração de Deus



Texto Bíblico: 1 Samuel 13.13,14; 16.11,12; Salmos 89.20

      A nossa cultura ocidental tem por hábito cultuar os seus heróis. Somos uma sociedade carente e dependente de heróis. Os heróis idealizados em nossos inconscientes são seres perfeitos e capazes de se manter imunes ao erro. Todavia, essa nossa forma de pensar sofre um duro contraste quando posta diante da cultura judaico-cristã. A Bíblia está cheia de histórias de grandes líderes, estadistas, guerreiros e príncipes, porém a forma como ela apresenta suas vidas e obras está bem longe daquele modelo que estamos habituados a ver. Isso fica bem claro quando analisamos a vida de Davi.

      Davi, mais do que qualquer outro homem no Antigo Testamento, embora tenha desenvolvido as habilidades e qualidades de um herói, não pode ser identificado como tal. Davi possuía muitas virtudes como a própria Escritura deixa claro, mas, por outro lado, estava cercado da mesma forma de muitos erros. Davi acertava, mas também errava. Mas Davi é o único na Bíblia chamado de “o homem segundo o coração de Deus” (At 13.22). É no coração desse homem que jaz o seu grande segredo, Matthew Henry (1996, vol.2, p. 286) destaca: “Deus olha o que está no coração, Ele o conhece. Nós podemos dizer como os homens são vistos, mas Deus pode dizer como eles são. Os homens veem com os olhos (esse é o sentido da palavra original) e ficam contentes com o que aparece diante de si, mas Deus olha o coração e vê os pensamentos e intenções. Ele julga os homens por ele”. Por sua vez, o léxico grego de  Kittel (2006, vol. 8.p. 482) sublinha que “como um testemunho de fé (Hb 11.32) Davi cantou louvores a Deus nos Salmos, e como um profeta ele predisse a salvação futura (Mc 12.36; At 1.16;13.35). O próprio Deus falou através  de Davi (Hb 4.7). O Espírito Santo falou através de seus lábios (At 1.16; 4.25;13.35). Davi era inspirado pelo Espírito Santo (Mc 16.36).
     Davi era um homem espiritual, mas humano. Um guerreiro forte, mas ao mesmo tempo um líder quebrantado (Sl 34.18). Um homem que sabia pensar e ao mesmo tempo chorar (2 Sm 12.22). Davi às vezes se mostra extremamente racional e em outras horas um homem altamente emocional.
     Ele não era um anjo, ou um semideus ou ainda um dos heróis antigos, mas um homem que amava a Deus mesmo com todas as suas fragilidades.
Por sermos humano como Davi, devemos aprender com a sua história para não cometermos os mesmos erros dele.

Bibliografia: GONÇALVES, José. et. al. Davi, As vitórias e as Derrotas de um Homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.


Fonte: CPAD

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Batismo nas águas na SEDE –IEAD – Mauá

Neste último sábado, dia 19 de dezembro, foi realizado na sede de IEAD – Mauá presidida pelo pastor Samuel Marcelino da Silva mais um batismo nas águas. Na ocasião 172 novos irmãos passaram a ter o privilégio de passarem a tomar a Santa Ceia e ter comunhão plena com o corpo de Cristo.

Deste total de irmãos, sete irmãos de nossa congregação passaram pela águas!

A igreja em Mauá continua crescendo, glorificando ao altíssimo e cumprindo o IDE de nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19-20)

Abaixo fotos do batismo:  




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Pr Aldery Nelson '' se a vossa justiça "

Uma presença marcante nas reuniões de obreiro no Belenzinho é o pr. Aldery Nelson um mestre na Palavra de Deus. Veja estes vídeos com alguns preciosos ensinamentos!









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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Uma palavra para os jovens





Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos.
Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.
Bendito és tu, ó SENHOR; ensina-me os teus estatutos.
Com os meus lábios declarei todos os juízos da tua boca.
Folguei tanto no caminho dos teus testemunhos, como em todas as
riquezas.
Meditarei nos teus preceitos, e terei respeito aos teus caminhos.
Recrear-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra.

       Sl 119.9 -15

       Muitos jovens buscam resolver seus problemas à sua maneira ouvem conselhos apenas de seus "amigos" e ignoram o que seus pais, lideres e pastores os aconselham. Mas como deve agir o jovem cristão para purificar o seu caminho? O salmista responde: observando segundo a sua palavra.
       A Bíblia é a palavra de Deus a qual temos que observar. Paulo disse aos Romanos: "Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." Nos tempos bíblicos havia muitos jovens com diferentes problemas e dificuldades, mas conseguiram vencer os desafios da mocidade constituindo um exemplo para nós. Jovens como: José, Samuel, Davi, Ester, Daniel, João Marcos e Timóteo.
       Vamos tirar algumas preciosas lições de acontecimentos relatados na vida de um destes jovens que mencionamos o jovem: Davi.

       Quem era o Jovem Davi? Davi era o filho caçula, desprezado pelos seus outros irmãos e por seu próprio pai (1 Sm 16.5-13). Contudo, era um jovem de valor obediente ao seu pai, fiel ao Senhor um jovem segundo o coração de Deus e, sobretudo, corajoso.
       Vamos meditar em uma breve passagem na vida de Davi e procurar aprender algumas lições:

       Porém Saul disse a Davi: Contra este filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, e ele homem de guerra desde a sua mocidade.
       Então disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai ; e quando vinha um leão e um urso, e tomava uma ovelha do rebanho,Eu saia após ele e o feria, e livrava-a da sua boca; e, quando ele se levantava contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria e o matava.
       Assim feria o teu servo o leão, como o urso; assim será este incurciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo.

       I Sm 17.33-36.

       Contexto desta passagem

       Israel era zombado por um gigante inimigo: o filisteu Golias que pedia que se apresenta-se um homem para lutar com ele. Ninguém em Israel tinha coragem de enfrentar o gigante. O único que se apresentou foi o jovem Davi. O rei Saul desacreditava da capacidade de Davi por ser jovem e disse a Davi: “tu ainda és moço e Golias um veterano de Guerra”. Porém, Davi disse para Saul que cuidava das ovelhas de seu pai, ou seja, era obediente ao seu pai e ficava no lugar onde seu pai o colocou-o. Davi disse também que defendia as ovelhas de inimigos poderosos e fortes como: o urso e o leão (v.34).

       Lições

       Davi disse para Saul que já havia matado o urso o que representa matar o urso? O urso significa a carne: o pecado. Davi disse para o rei que já havia matado o desejo de sua carne.
       Davi também disse que matou o leão. O que representa a figura do Leão? O que governa com autoridade. Davi estava dizendo que governava a sua própria vida e exterminaria o inimigo por completo.
      Quanto a matar ou derrubar o gigante Davi estava convicto que o derrrubaria porque era obediente e fiel ao Senhor e a sua palavra. Derrubar o gigante representa derrubar os gigantes que tentam nos tirar da presença de Deus como: a desobediência a palavra de Deus, a fornicação, a mentira, lascívia, inveja, más companhias e etc.

       Em suma, a lição de Davi para nós é que mesmo sendo moço ainda matava os desejos da sua carne e do pecado. Sabia governar a sua própria vida e enfrentava gigantes. Façamos como Davi sejamos obedientes aos nossos pais, lideres e pastores (Ef 6.1-2, Hb 13.17). Enfretemos os gigantes que querem nos tirar da presença de Deus observando sua palavra, pois o Senhor conta conosco para sermos os futuros obreiros, evangelistas e pastores na casa do Senhor.




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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

10 razões para frequentar a Escola Dominical






      1 – Porque você tem necessidade do genuíno e sadio alimento espiritual que só pode ser obtido pelo estudo claro, metódico, continuado e progressivo da Palavra de Deus, ensinado na Escola Dominical.

      2- Porque você cresce e desenvolve-se através do estudo da Palavra de Deus.

      3- Porque você cumpre os objetivos da Igreja do Senhor, pois os objetivos da Escola Dominical são os mesmos da Igreja.

      4- Porque você adquire qualidade bíblica e espiritual permanente, pois é a Escola Dominical que determina a qualidade e o nível espiritual da igreja local, e não os outros departamentos como a união de mocidades e de mulheres, por mais excelentes que eles sejam



      5- Porque você (seja adulto, jovem, adolescente ou criança) adquire uma fé mais robusta e madura, e, assim estará pronto e mais apto para desempenhar as atividades da Obra de Deus.

      6- Porque você desenvolve a sua espiritualidade e o seu caráter cristão.

      7- Porque você aprende e realiza a evangelização na Escola Dominical e através dela, além disso, aprende a amar e cooperar com a obra missionária

      8 – Porque você tem oportunidades ilimitadas para servir ao Senhor, pois a Escola Dominical é o lugar para a descoberta, motivação e treinamento de novos talentos.

      9- Porque você se reúne com sua família, fortalecendo o relacionamento entre pais e filhos, as crianças crescem na disciplina do Senhor, e os casais aperfeiçoam a vida conjugal.

      10- Porque sua vida espiritual é avivada, pois a Escola Dominical é uma fonte de avivamento, porque onde a Palavra de Deus é ensinada e praticada o avivamento acontece.




      “Alegrei quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!” Sl 122.1

Fonte: CPAD

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Lição 12- DAVI E O SEU SUCESSOR

Fonte: blog do Pr. César Moisés



 Introdução

     No capítulo 4 mencionei que o Senhor pode ser chamado de o “Deus das eleições soberanas”, pois elas não se baseiam nas supostas qualidades que possa ter a pessoa a quem Ele chama para fazer a sua obra. Isso, muitas vezes, traz um problema sério a ser discutido, pois deixa evidente que o Eterno escolhe a uns e rejeita a outros, quer admitamos isso quer não (Rm 9.10-21). Outro fato curioso, e que se percebe claramente em nosso meio, é que se prega a salvação do ponto de vista teológico arminiano; não obstante, quando se fala em chamada ministerial, desde a Bíblia até os nossos dias, é possível ver claramente uma perspectiva teológica “calvinista”, ou seja, não há possibilidade de o escolhido decidir — ele nasce “predestinado” a ser aquilo e ponto final (veja apenas dois exemplos: Jr 1.5 e At 9.15 e cf. 2 Sm 12.24).[1] Assim, se fôssemos pensar como os não-cristãos, seria até possível dizer que “por ironia do destino” o sucessor do trono de Davi era um dos seus filhos mais novos e tinha como pais, um casal adúltero (2 Sm 12.24). Convenhamos, para os nossos “padrões, critérios e requisitos”, não é um “bom histórico” ou “antecedente” para alguém que vai liderar o povo de Deus. No entanto, o Senhor assim o escolheu, antes de nascer (2 Sm 7.12-17). O autor do segundo livro que traz o nome de Samuel registra: “Depois Davi consolou sua mulher Bate-Seba e deitou-se com ela, e ela teve um menino, a quem Davi deu o nome de Salomão. O Senhor o amou e enviou o profeta Natã com uma mensagem a Davi. E Natã deu ao menino o nome de Jedidias” (2 Sm 12.24,25 – NVI). Como a versão utilizada foi a NVI, os editores inseriram uma nota de rodapé para traduzir o nome dado pelo profeta ao sucessor de Davi: “Jedidias significa amado do Senhor”.[2] É fato curioso, para dizer o mínimo, que Deus tenha punido tão severamente o casal, tirando-lhes o filho do adultério (2 Sm 12.13-23), mas compensa-os, logo em seguida, dando-lhes outro, que será o sucessor de Davi (2 Sm 12.24,25 cf. 1 Cr 22.9,10). E isso baseado em quê? Claro que alguém alegará a onisciência e presciência de Deus, dizendo que todas as suas eleições se baseiam nas ações futuras da pessoa escolhida, as quais já são do conhecimento do Eterno. Não há dúvida de que isto é uma verdade, e fácil de entendermos, pois enquanto Abraão não sabia o que o esperava (Hb 11.8), nós vemos o quadro do plano divino em sua totalidade, com todos os seus contornos, pois temos as narrativas escriturísticas que são verdadeiros mapas, indicando o ponto em que cada um chegaria. Tais acontecimentos demonstram, felizmente, que na economia divina não existe acaso, e sim planejamento. Apesar de reconhecer o valor do reinado salomônico, esse texto se desenvolverá em outra perspectiva, visto que o autor redireciona (a partir do capítulo 7 do segundo livro que traz o nome de Samuel) a própria discussão fazendo com que a tônica se baseie totalmente na Aliança Davídica:
    Os êxitos de Davi como rei são apresentados em 2 Samuel 5―9. Entre eles, estão as suas conquistas e a instituição de Jerusalém como nova capital. Isso foi completado com a chegada da arca da aliança trazida do exílio e restaurada à função original. Não é coincidência que esses fatos tenham sido seguidos pela aliança davídica, representante da constituição para a nova era. Assim, no capítulo 6 Davi restabeleceu o trono de Javé (i.e., a arca) e, no 7, Javé estabeleceu o trono de Davi.A aliança davídica era o cerne do propósito do narrador. Tudo na narrativa até esse ponto caminhava nessa direção. De agora em diante, tudo passa a ser compreendido à luz da aliança.[3]
    Assim, não é a questão política e a sucessão imediata de Davi que formam o núcleo desse último texto, com o qual encerro a minha participação neste trabalho.[4] Minha atenção estará voltada totalmente para a escatologia judaica da qual a Aliança Davídica é um dos principais pilares. Se para a Igreja o arrebatamento marca o apogeu escatológico, para Israel, o cumprimento final da Aliança Davídica é o clímax, pois finalmente o Messias reinará e, de uma vez por todas, dará o território prometido a Abraão, Isaque e Jacó aos seus herdeiros legítimos.
     A Aliança Davídica — O Reino que jamais Terá Fim

    Walter Kaiser, em sua Teologia do Antigo Testamento, comenta que após “a promessa dada a Abraão, deve se classificar a palavra de bênção derramada sobre Davi”.[5] Em outras palavras, a ideia sugerida por Kaiser é que, em termos de reafirmação de aliança, este momento é mais um dos marcantes na vida do povo judeu. Como foi explicado no capítulo 4, toda a história está sob o domínio de Deus, mas à narrativa escriturística só interessa os kairoi que realmente evidenciam o agir específico de Deus em uma determinada situação. Assim, ao classificar a Aliança Davídica como a próxima a ser considerada depois da Aliança Abraâmica, não se trata de desprezo a tudo que ocorreu entre uma e outra, ou desconsideração quanto aos personagens que separam Abraão de Davi, mas de vislumbrar os pontos altos da história divina nas Escrituras Sagradas. Eugene Merril, utilizando o seu conhecimento contextual, faz uma consideração a respeito do assunto nos seguintes termos:

     A promessa, geralmente descrita como a aliança davídica, é tecnicamente apresentada como uma concessão real, por meio da qual um soberano graciosamente concede uma bênção ou presente, usualmente na forma de um pedaço de terra ou a liberdade de alguém, a um vassalo. Essa concessão seria o resultado de uma atitude benéfica para com o rei, mas poderia simplesmente derivar do amor e generosidade do rei.[6] A última hipótese é, sem dúvida, a mais próxima do correto, pois a promessa do reinado eterno através de Davi tinha sido articulada antes de seu nascimento. Desde o início foi o propósito de Deus trazer sua soberania sobre seu povo (e sobre toda a terra) através de uma linhagem real que culminaria no próprio Filho de Deus. Davi conseguiu entender que a linhagem teria início com ele mesmo.[7]

     Segundo Walton e Hill, três das principais indagações acerca dessa Aliança são: “1) O que o Senhor prometeu a Davi?; 2) A Aliança era condicional ou incondicional?; e 3) Que impacto ela teve sobre o restante da história israelita?”[8] Para a primeira pergunta, os autores dizem que Deus promete três coisas a Davi: fama, localização geográfica para Israel e segurança para tal território (2 Sm 7.9-11). Segundo eles, essas três bênçãos fazem um paralelo com a Aliança Abraâmica (Gn 12.2,3), e “mostra a subordinação desta à aliança do patriarca”. Entretanto, acrescentam que um “distanciamento da aliança abraâmica começa em 2 Samuel 7.12”. Ali, a mensagem contém a promessa de que o sucessor de Davi sentaria no trono, mas não apenas isso, “este sucessor também teria a oportunidade de estender os termos da aliança a seu sucessor e assim por diante”, e esse fato é algo totalmente novo e distinto para a Aliança Abraâmica. Quanto à segunda questão, os autores defendem que “Davi recebeu a promessa incondicional de que seu filho o sucederia e serviria todo o mandato; mas os termos, além disso, dependiam da conduta do filho. Existia o potencial para a continuidade ilimitada. Não havia, todavia, condições impostas a Davi porque ele já as cumprira”. Ainda desenvolvendo um raciocínio sobre esta questão, os autores afirmam que “as promessas feitas a Davi eram incondicionais. No entanto, [...], a aliança estava sujeita à renovação periódica — deve haver critérios pelos quais decidir se ela seria renovada para a geração seguinte”. Por último, é autoevidente o impacto que tal aliança causou no pensamento judaico, pois, como os autores dizem (e já foi citado no início do ponto anterior), a “esperança de que um dia um rei davídico viria, satisfaria as condições e traria a restauração da aliança davídica total era a base da teologia messiânica vista nos profetas”.[9]
      A questão de a promessa ser ou não incondicional também é abordada por Kaiser que fala sobre o paralelo com a Aliança Abraâmica, e discute sobre a possibilidade de seu não-cumprimento, dizendo que ainda ecoa “o argumento em prol da condicionalidade. Esta aliança não poderia ser quebrada (pāra)? Realmente, embora a aliança com Abraão também fosse ‘perpétua’ (Gn 17:7; 13, 19), o homem não circuncidado ‘quebrou-a’ (v. 14). Mesmo a ‘aliança eterna’ posterior seria quebrada pelos habitantes da terra (Is 24:5), e o Israel adúltero desprezou o ‘juramento’ de Deus (a aliança) a ponto de ‘invalidar (lehāpēr) a aliança’ eterna (Ez 16:59, 63)”. A grande dúvida é: Inexoravelmente terá que se cumprir ou não?

      A solução destes casos de aparentes quebras, frustrações, e invalidações da aliança era a mesma que se aplicava às cláusulas “se” que deram tanta preocupação a Tsevat e outros: “Se os teus filhos guardarem a minha aliança e o testemunho que eu lhe ensinar, também os seus filhos se assentarão para sempre no teu trono” (Sl 132:12; cf. 2 Sm 7:14b-15; 1 Rs 2:4; 8:25; 9:4-5; Sl 89:30-33). A “quebra” ou condicionalidade apenas pode se referir à invalidação pessoal e individual dos benefícios da aliança, mas não pode afetar a transmissão da promessa aos descendentes na linhagem. É por isso que Deus podia incondicionalmente afirmar Sua fidelidade e a eternidade da aliança ao falar a Davi, a despeito dos homens desprezíveis que haveriam de surgir no meio da linhagem deste. Neste caso, pois, Ele acha tais pessoas em falta, mas não acha falta com Sua aliança abraâmico-davídico-nova (cf. Jr 31:32; Hb 8.8).[10]
      Finalizando este ponto, é possível dizer que a Aliança Davídica “revela o plano eterno de Deus para seu povo, a nação de Israel”. Seu cumprimento será “no futuro, quando o Senhor vier à terra e sentar-se ‘no trono da sua glória’ (Mt 25.31). Como Rei, Ele chamará todos os benditos de seu Pai e dirá: ‘possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo’ (Mt 25.34). Esse maravilhoso “reino durará mil anos, mas prosseguirá pela eternidade. Visto que o ‘trono’, a ‘casa’ e o ‘reino’ foram prometidos a Davi, a partir do trono de Davi, jamais terá fim”. Assim, a conclusão é que a “aliança davídica é, portanto, de vital importância na compreensão dos acontecimentos futuros”. O mesmo autor, na importante obra Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, elenca alguns questionamentos interessantes: “Existirá um reino literal sobre a terra? Esse reino é a Igreja? A Igreja substitui a nação de Israel? Cristo é um Messias voltado especificamente para Israel, ou apenas é o líder da Igreja de forma geral? Israel será reunido e restaurado e Davi reinará juntamente com Jesus Cristo?”[11] O profeta Isaías informa-nos no capítulo 9 versículos 6 e 7: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”.
NOTAS
[1] Tal fato corrobora com o que já foi abordado no capítulo 4 acerca do que costumo chamar de “compatibilidade incognoscível” ou “coexistência pacífica” entre soberania divina e livre-arbítrio.
[2] Nova Versão Internacional. 1.ed. São Paulo: Vida, 2002, p. 250.
[3] HILL, Andrew E.; WALTON, J. H. Panorama do Antigo Testamento. 1.ed. São Paulo: Vida, 2007, p. 235, 236.
[4] Uma vez mais, faz-se oportuno lembrar que o material escriturístico trata-se de, para usar uma expressão de Walter Kaiser, “historiografia teológica”, e não uma narrativa em prosa linear como atualmente se conhece. Assim, minha argumentação segue a linha de que a história bíblica não possui outra finalidade senão mostrar como o plano de Deus se desenrola em meio ao drama existencial.
[5] KAISER, Walter. Teologia do Antigo Testamento. 2.ed. São Paulo: Vida Nova, 2008, p. 153.
[6] Moshe Weinfeld, “The Covenant of Grant in the Old Testament and in the Acncient Near East,” JAOS 90 (1970): 184-203, esp. 185-86. E. Theodore Mullen, Jr., diz que entre hititas tais concessões tinham de ser feitas diante de uma testemunha divina. Mullen sugere que, embora esse detalhe esteja faltando em 2 Samuel 7 e em 1 Crônicas 17, o mesmo não ocorre em Salmos 89.37 (v. 38 no texto hebraico), um oráculo real cujo propósito, diz ele, é interpretar o oráculo de Natã (“The Divine Witness and the Davidic Royal Grant: Ps 89.37-38,” JBL 102 [1983]: 207-18). Nota de MERRILL, Eugene. História de Israel no Antigo Testamento. O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 292.
[7] Ibid., p. 292.
[8] HILL, Andrew E.; WALTON, J. H. Panorama do Antigo Testamento. 1.ed. São Paulo: Vida, 2007, p. 239.
[9] Ibid., p. 239-242.
[10] KAISER, Walter. Teologia do Antigo Testamento. 2.ed. São Paulo: Vida Nova, 2008, p. 161.
[11] COUCH, Mal. Aliança Davídica. In: LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia popular de profecia bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 36-40.
CARVALHO, César Moisés. Davi. As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.209-11; 218-21.

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Smilinguido -Jogos online para crianças




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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A Trindade

Por Aldo Menezes


1. Definição da doutrina

Antes de tudo é preciso definir o que é a doutrina da Trindade, pois até mesmo muitos cristãos se perdem nesse quesito. Por "Trindade" não queremos dizer que acreditamos em três deuses, pois para nós há somente um Deus (Isaías 43:10).

Ao invés disso, queremos dizer que na Divindade há três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Pode parecer um paradoxo, mas Deus é três e um simultaneamente. Precisamos fazer distinção entre o termo "pessoa" e "natureza".

As pessoas em Deus são três, mas uma só é a natureza, que consiste na onipotência, onisciência, onipresença etc. Vários exemplos foram apresentados para exemplificar esse caso; porém, o triângulo eqüilátero é o que mais se aproxima desse conceito. Acompanhe:
O triângulo é indivisível, assim como Deus (simbolizado por toda a figura). Todavia, cada lado é distinto do outro e, contudo, formam a mesma figura, que só existe com os três lados iguais; assim, tomando a analogia, o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo e vice e versa; porém, eles constituem o mesmo Deus.

A individualidade pessoal é mantida, bem como a unidade. Assim, Deus não é somente o Pai, nem somente o Filho, e nem tampouco somente o Espírito Santo. Deus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Analisando algumas objeções
Alguns negam a doutrina da Trindade, alegando que é de origem pagã e que tal palavra não aparece na Bíblia. As Testemunhas de Jeová alegam que somente Jeová é o Deus verdadeiro. Ele não é onipresente, ou seja, não pode estar em vários lugares ao mesmo tempo, pois sendo uma pessoa, possui um corpo de forma específica, que precisa de um lugar para morar.

Assim, ele está confinado no céu. Para exercer seu comando sobre o universo, ele usa seu poder, seu Espírito Santo", que é sua "força ativa". Sua onisciência é seletiva, ou seja, Jeová não sabe o futuro de todas as coisas, a menos que ele queira.

Explicam isso da seguinte forma: Um rádio pode captar qualquer onda, porém, é preciso sintonizá-lo na estação certa. Assim, se Jeová quiser saber se alguém será fiel a ele ou não, deverá "sintonizar" na "estação" dessa pessoa.
A.     A palavra "Trindade" não aparece na Bíblia — A doutrina da Trindade está fortemente enraizada nas Escrituras. A palavra "trindade" é um termo extrabíblico utilizado para designar aquilo que é revelado nas Escrituras; embora a palavra não apareça, a idéia está explícita na Bíblia.

Outro fator que torna sem fundamento a objeção das TJ é o fato de que utilizam termos como "corpo governante" e "teocracia", embora tais palavras também não apareçam na Bíblia. Das duas, uma: ou aceitam o uso do termo "trindade" ou deixam de usar as terminologias "corpo governante" e "teocracia".
B.     A Trindade e o paganismo — A objeção de que a doutrina da Trindade é de origem pagã, uma vez que os pagãos cultuavam suas tríades de deuses, também não faz sentido, pois a concepção dos pagãos em nada se assemelha à doutrina trinitariana.

Enquanto os pagãos são politeístas, ou seja, crêem na existência de vários deuses, sendo sua trindade mais um conjunto de deuses em seu panteão, nós, cristãos, somos essencialmente monoteístas, pois cremos que há um só Deus (Isaías 43:10), que subsiste em três "pessoas": Pai, Filho e Espírito Santo. Não são três deuses, posto que só há um Deus. Assim, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são ao mesmo tempo três pessoas distintas e um só Deus.

O termo "triunidade" resume melhor essa concepção bíblica de Deus. É bom também lembrar que a Bíblia não é o único livro que fala de um dilúvio universal. A literatura pagã também contém relatos sobre um dilúvio. Isso, evidentemente, não faz do dilúvio uma concepção pagã; tampouco a doutrina da Trindade deveria ser vista da mesma forma.
C.    A Trindade e a razão humana — A acusação de que a doutrina da Trindade não se conforma com a lógica ou a razão também é descabida, pois a mente humana não pode apreender tudo sobre Deus.

É impossível que o relativo entenda com precisão o Ser Absoluto, que o finito atinja o Infinito, que a criatura desvende todos os mistérios e segredos do Criador. Isso é pedir demais. (Leia Romanos 11:33; 1ª Coríntios 2:11; Jó 11:7; Isaías 40:28).
No livro Raciocínios à base das Escrituras (publicado pelas TJ), página 123, há a seguinte pergunta: "Será que Deus teve começo?" Daí, citam o Salmo 90:2, que diz que Deus é Deus de "eternidade a eternidade", ou seja, ele é incriado, sempre foi, é e será eternamente.

Diante desse mistério, o livro lança o desafio: "Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é uma razão sólida para o rejeitar". Aplicando o mesmo princípio à doutrina da Trindade, podemos perguntar: "Será que Deus é uma Trindade? Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é razão sólida para o rejeitar".
D.    A Trindade e a Matemática — Outra objeção argumenta que a Trindade contraria a matemática, pois se 1 + 1 + 1 = 3; então, Deus Pai + Deus Filho + Deus Espírito Santo não podem ser um, mas três deuses. Ora, outro argumento desprovido de bom senso, pois Deus não pode ser medido pelas Ciências Exatas.

No campo da matemática, ele não pode ser somado, diminuído, dividido ou multiplicado. Mas, se é matemática o que querem, a pergunta é oportuna: Na matemática, três podem ser um? Dependendo da operação que se escolher, sim. Veja: 1 X 1 X 1 = 1.
A Trindade no Antigo Testamento
Gênesis 1:26, 27 — Chegando o momento de criar o homem, Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança". O verbo "fazer", nesse caso, aponta para um ato criativo, e somente Deus pode criar.

Assim, ao ser criado, o homem não poderia ter a imagem de um anjo ou de qualquer outra criatura, mas a imagem de Deus, a imagem de seu Criador. No versículo 27, lemos: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou".

O interessante, porém, é que a Bíblia diz que Jesus Cristo também criou todas as coisas, as visíveis e invisíveis (João 1:1, 3; Colossenses 1:16, 17; Hebreus 1:10), o que inclui necessariamente o homem.
Desse modo, concluímos, à luz da Bíblia, que o homem tem a Jesus como seu Criador; logo, o homem carrega Sua imagem, pois Jesus é Deus, uma vez que "à imagem de Deus" o homem foi criado.

Já em Jó 33:4, Eliú declara: "O Espírito de Deus me fez". Afinal de contas, quem fez o homem? A Bíblia diz: "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou". E quem é esse Deus? Resposta: Pai, Filho e Espírito Santo.
É digno de nota que há outros textos em que Deus fala no plural: Gênesis 3:22; 11:7-9; Isaías 6:8. Alguns dizem tratar-se de plural de majestade, ou seja, é uma forma de expressão onde o indivíduo fala do plural que não revela necessariamente uma pluralidade participativa.

Todavia, isso não funciona em Gênesis 1:26, 27, pois outros textos bíblicos deixam claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo criaram o homem; logo, não está em jogo nenhum plural de majestade, mas um ato criativo de Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Os demais textos, portanto, devem ser interpretados seguindo-se essa mesma linha de raciocínio.
A Trindade no Novo Testamento
A revelação da Triunidade de Deus no Antigo Testamento não é tão clara quanto no Novo. Os textos bíblicos abaixo alistados (respeitando-se os devidos contextos) mostram sempre juntos o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Levando-se em conta que Deus é único (Isaías 43:10) e que ele não partilha sua glória com ninguém (Isaías 42:8; 48:11), é interessante notar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são postos em pé de igualdade, coisa que nenhuma criatura, por melhor que fosse, poderia atingir, nem muito menos uma "força ativa" (agente passivo).
A.     Mateus 28:19 — A ordem de Jesus é para batizar em "nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo". Ora, se Jesus fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", seria estranho que as pessoas fossem batizadas em nome do Criador (que não divide sua glória com ninguém), em nome de um anjo, e de uma "força ativa"; aliás, que necessidade há em batizar alguém em nome de uma "força"? Tudo isso só faz sentido se Jesus e o Espírito Santo forem Deus, assim como o Pai.
B.     Lucas 3:22 — No batismo do Filho, lá estão o Espírito Santo e o Pai; como sempre, inseparáveis. Essa é uma das razões pelas quais o batismo cristão deve ser ministrado em nome das três pessoas.
C.    João 14:26 — Jesus fala do Espírito Santo, que será enviado pelo Pai, em seu próprio nome, isto é, de Cristo.
D.    2ª Coríntios 13:13 — Outra fórmula trinitária, onde aparece o Filho, em primeiro lugar, com sua graça ou benignidade imerecida; depois, o Pai, com seu amor; e finalmente, o Espírito Santo, com a comunhão ou participação que dele procede.
E.     1ª Pedro 1:1, 2 — Pedro fala aos escolhidos, que foram eleitos segundo a presciência do Pai, santificados pelo Espírito e aspergidos com o sangue de Jesus Cristo.
F.     Outros versículos — Romanos 8:14-17; 15:16, 30; 1ª Coríntios 2:10-16; 6:1-20; 12:4-6; 2ª Coríntios 1:21, 22; Efésios 1:3-14; 4:4-6; 2ª Tessalonicenses 2:13, 14; Tito 3:4-6; Judas 20, 21; Apocalipse 1:4, 5 (compare com 4:5) etc.
É digno de nota que se o Filho fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", os dois não poderiam assumir o primeiro lugar em algumas das passagens bíblicas acima citadas. Aliás, o que uma "força ativa" estaria fazendo no meio de duas pessoas?

As TJ objetam dizendo que mencionar as três Pessoas juntas, não indica que sejam a mesma coisa, pois Abraão, Isaque e Jacó (Mateus 22:32), bem como Pedro, Tiago e João (Mateus 17:1) sempre são citados juntos; contudo, isso não os torna um.

O que as TJ não perceberam foi o seguinte: Abraão, Isaque e Jacó tinham algo em comum: o patriarcado. Já Pedro, Tiago e João tinham em comum o apostolado. E o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm em comum? Resposta: a natureza divina, ou simplesmente, a divindade.
Jesus Cristo
Segundo as Testemunhas de Jeová, Jesus é o Primogênito de Jeová (sua primeira criação). É seu Unigênito (o único criado diretamente por ele). Sendo "Filho de Deus" é submisso e inferior ao Pai. Recebeu o nome de Miguel e o título de Arcanjo (= anjo principal). É "um deus", assim como Satanás, no sentido de ser poderoso.

É "Deus Poderoso", mas nunca "Deus Todo-poderoso", como Jeová. Morreu numa "estaca" (não numa cruz). Ressuscitou em espírito (não fisicamente). "Voltou" invisivelmente em 1914. Somente as TJ o viram com os "olhos do entendimento". Através do Corpo Governante, ele exerce sua chefia sobre a organização.
Avaliação bíblica
A cristologia das TJ é uma ressurreição do arianismo, que surgiu com Ário (256-336), um sacerdote do século IV, da cidade de Alexandria, no Egito. Ário afirmou que Jesus Cristo era uma criatura, baseando principalmente em Provérbios 8:22 e 1ª Coríntios 1:24.

O primeiro é uma poesia, onde a sabedoria diz ter sido "criada" por Deus. O segundo diz que Jesus Cristo é a sabedoria de Deus. Assim, concluiu Ário, se Jesus é a sabedoria de Deus, então ele foi criado.
Entretanto, não se pode afirmar categoricamente que o texto de Provérbio 8:22 faça referência a Jesus Cristo. O texto simplesmente apresenta a sabedoria de Deus num estilo poético e, em poesia, tudo pode acontecer: a sabedoria grita, ama, trabalha etc.

Seja como for, Provérbios 8:22 não pode ser usado para afirmar que Jesus é uma criatura. Ao contrário, a Bíblia o apresenta como Criador de todas as coisas (João 1:3; Colossenses 1:16,17; Hebreus 1:10 com 3:4).
Jesus não é o Arcanjo Miguel
Jesus e Miguel não são a mesma pessoa por duas razões:
Enquanto que em Daniel 10:13 Miguel é chamado de "um dos mais destacados príncipes" (TNM), o que nos leva a concluir que ele não é o principal, o primaz, em Colossenses 1:18 se diz que Jesus tem a primazia.

Mateus 4:10, 11 e Marcos 1:25-27 apresentam Jesus Cristo repreendendo Satanás; mas em Judas 9 está escrito que Miguel não se atreveu a censurá-lo, ao invés, entregou para Deus tal responsabilidade. Jesus tem, portanto, diferente de Miguel, a autoridade absoluta sobre Satã.
Jesus não é "um deus"
Já que Deus disse em Isaías 43:10 que antes dele Deus nenhum se formou e que depois dele, Deus nenhum haverá, fica evidente que existe somente um Deus. Tudo o que for além disso é uma falsa deidade.

Assim, Jesus não poderia ser um deus à parte. Além do mais, se Jeová fosse o Deus e Jesus "um deus" (como verte a TNM o texto de João 1:1), então teríamos dois deuses: um maior (Jeová) e o outro menor (Jesus). Ora, a crença em mais de um deus constitui-se em politeísmo, o que é um grave pecado contra Deus.
Esclarecendo termos mal interpretados
Alguns grupos, como as TJ, se perdem na terminologia das Escrituras, dando significados errôneos a certos termos aplicados a Jesus Cristo, como por exemplo: primogênito, unigênito, princípio da criação e Filho de Deus.

Tal equívoco se dá devido ao fato de desconhecerem regras de uma boa hermenêutica (interpretação) bíblica, e assim, separam esses termos de seu contexto imediato ou local e o geral, bem como histórico e gramatical, e querem que afirmem aquilo que originalmente não significavam no texto bíblico. Eis alguns exemplos:
A.     Primogênito (Colossenses 1:15) — Longe de significar nesse texto "primeiro criado" ou "o primeiro de uma série", o termo "primogênito" é um título que indica preeminência ou primazia, apontando assim para a soberania de Cristo sobre a criação, pois segundo os versículos seguintes, ele criou todas as coisas; não podendo ser, portanto, uma criatura.

Outro ponto importante é que esse texto de Colossenses é uma aplicação do Salmo 89:27, que é messiânico. Originalmente foi aplicado ao rei Davi, que era o caçula de sua família (Salmo 89:20); no entanto, segundo esse salmo, Deus o colocaria como "primogênito", e explica o porquê: "O mais excelso dos reis da terra", que equivale ao título "rei dos reis" (Apocalipse 17:14).

Que a idéia de soberania está implícita, basta conferir 1º Samuel 10:1, onde Samuel diz a Davi que Deus o ungiu para ser o líder ou chefe de Israel. Assim, o termo primogênito fala da posição soberana de Cristo sobre tudo e todos, e não que ele seja o primeiro de uma série.
B.     Unigênito (João 3:16) — Este título fala da singularidade de Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus. Ele é único, não há ninguém semelhante a ele (Judas 4). Essa palavra é composta por mono (único) + genus (tipo, espécie).

A ênfase, portanto, está na primeira parte: único , o que implica na idéia de singularidade, tal como acontece com Hebreus 11:17. Neste texto, Isaque é chamado de unigênito de Abraão. Ora, sabemos que Abraão não tinha apenas a Isaque como filho, não podendo ser ele, a rigor, o único filho. Aliás, Ismael era o primogênito. Isso mostra, portanto, que o termo "unigênito" abarca outros significados.

Em que sentido, então, Isaque era o unigênito? Porque ele era o único e singular filho de Abraão. A idéia de um relacionamento íntimo e diferencial entre pai e filho está implícita na passagem; logo, não está em questão a ordem de nascimento de Isaque, mas sua posição diante do pai, sua singularidade.

O mesmo se dá com Cristo em relação ao Pai. Sendo, então, "primogênito" e "unigênito", torna-se o "herdeiro de todas as coisas", sustentando, ele mesmo, "todas as coisas pela palavra do seu poder" (Hebreus 1:2, 3).
C.    Princípio da criação (Apocalipse 3:14) — A palavra grega arché, traduzida por princípio em muitas traduções da Bíblia, também significa "governador", "soberano", "origem".

Assim, já que diversas passagens bíblicas atestam a eternidade de Cristo, posto ser ele o criador e sustentador de todas as coisas (Colossenses 1:16, 17; Hebreus 1:3), fica evidente que entender arché como o "primeiro de uma série", nesse caso em particular, seria pedir demais.

Se ele criou todas as coisas e as sustenta, o termo "origem" cai como uma luva no contexto imediato e mais amplo. É assim que o termo princípio deve ser entendido em Apocalipse 3:14. Essa é, aliás, a forma traduzida pela versão espanhola La Bíblia de Estudio "Dios Habla Hoy".

É bom também lembrar que na Tradução do Novo Mundo a expressão arché é usada em relação a Jeová (Apocalipse 22:12), sendo entendida como fonte, origem, começo; embora seja evidente, pelo contexto, que arché aplica-se ao Senhor Jesus Cristo, pois ele também é descrito assim em Colossenses 1:18. De qualquer forma, nenhum dos termos supracitados podem ser usados para defender a idéia de que Jesus seja um ser criado.
D.    Filho de Deus (Marcos 1:1) — Esse termo geralmente é usando para indicar a inferioridade do Filho em relação ao Pai, pois um filho não pode ser igual ou maior que seu pai. Ora, isso não faz o menor sentido, pois Jesus é chamado de "filho de Maria" (Marcos 6:3); "Filho de Davi" (Marcos 10:48); e "Filho do Homem" (Mateus 25:31), e nem por isso, ele poderia ser considerado inferior a Maria, Davi ou ao homem.

A primeira expressão "filho de Maria" tem o significado de "filho" no sentido comum da palavra, ou seja, ele era filho de Maria em sentido biológico. Ser chamado de Filho de Davi pode significar não somente que ele é seu descendente, mas também participante da linhagem real de Davi.

Já o título "Filho do Homem" aponta para a humanidade assumida por Cristo, ou seja, ele participou de nossa natureza humana, contudo, sem pecado.

E, finalmente, Jesus também é chamado de "Filho de Deus", não porque seja inferior, mas porque é participante da mesma natureza divina da qual o Pai também participa. Aqui cabe bem o velho ditado: "Tal pai, tal filho".
Esclarecendo textos mal interpretados
Os textos apresentados a seguir são bastante usados pelos antitrinitários para apoiar a idéia de que Jesus não era Deus, pois declarou que o Pai era maior do que ele (João 14:28); que acerca do dia e hora de sua vinda, somente o Pai sabe (Marcos 13:32); além disso, dizem que se ele orava ao Pai (João 17:1), não poderia ser o próprio Pai (esta sentença, aliás, os trinitários jamais afirmaram).

Esses equívocos decorrem do fato de desacreditarem de outra grande "riqueza insondável do Cristo" (Efésios 3:8), ou seja, a sua Encarnação: o Verbo, que era Deus, "se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14).

A doutrina da Encarnação é tão complexa quanto a doutrina da Trindade. Mais uma vez vale ressaltar que por mais que tentemos, o ser finito jamais poderá compreender com perfeição o Ser Infinito, mesmo quando este assume nossa finitude.
Ao assumir a natureza humana, tornando-se "Filho do Homem", Jesus Cristo assumiu a posição de "servo" (Filipenses 2:6 e 7). Tornou-se "menor" que os anjos, sem se tornar inferior a eles (Hebreus 2:9).

Assim, sua humanidade, como a nossa, era limitada; mas, por outro lado, ele ainda era 100% Deus, ou seja, ilimitado. E aí está o grande problema: como compreender que numa única pessoa pudesse haver duas naturezas opostas naturalmente entre si? Ao mesmo tempo em que dizia "o Pai é maior do que eu" (João 14:28), também afirmava "Eu o Pai somos um" (João 10:30).

Como resolver essa questão? A coisa não é tão fácil assim. Se alguém achar a resposta a essa pergunta, também terá descoberto como Deus veio a existir (aliás, ele nunca veio a existir, pois ele foi, é e sempre será) e explicará satisfatoriamente a Triunidade Divina. O que precisamos é recorrer ao testemunho das Escrituras para ver o que ela tem a nos dizer sobre isso, mesmo que indiretamente.
Uma passagem reveladora é a de Mateus 8:23-27. Durante uma tempestade, o texto relata que Jesus dormia – mas Deus não dorme. Desesperados, os discípulos acordaram-no, clamando por socorro. Nesse momento, Jesus acorda, repreende o vento e o mar, e ambos se aquietam.

Ora, o homem não tem esse poder. Segundo os Salmos 65:5-7; 89:9 e 107: 29, somente Deus, como criador, tem poder sobre as forças da natureza, e Jesus revelou tal poder (Hebreus 1:3). Percebe-se, portanto, nessa Escritura, a plena humanidade e divindade de Jesus Cristo. Ele tornou-se humano, sem deixar de ser Deus. Era Deus, assim como o Pai e o Espírito Santo, mas também era verdadeiro homem.
Alguns objetam afirmando que Moisés abriu o Mar Vermelho, e nem por isso era Deus (Êxodo 14). O mesmo se deu na travessia do rio Jordão, sob o comando de Josué (Josué 3). Mas, quem foi que disse que Moisés abriu o Mar Vermelho?

Segundo o livro de Êxodo, Deus mandou Moisés erguer um bastão e estendê-lo sobre o mar (14:16), e no versículo 21 diz que foi o próprio Deus, por meio dum forte vento, que fez o mar retroceder.

O Salmo 114 poeticamente mostra que os acontecimentos ocorridos tanto no Mar Vermelho, quanto no rio Jordão, foram promovidos pelo senhor do vento e do mar: Deus. Assim, precisamos ler os textos abaixo tendo em vista o ensinamento bíblico da dupla natureza de Cristo.
João 14:28 — Quando Jesus disse "o Pai é maior do que eu", subentende-se a sua posição de servo, de humilhação à qual ele se submeteu voluntariamente, nada tendo haver com sua essência, sua natureza divina (Filipenses 2:6-8; Atos 8:33; 2 Coríntios 8:9).

Nessa posição, segundo a Bíblia, Jesus também era menor que os anjos (Hebreus 2:6-9), pois em relação aos humanos, os anjos são "maiores em força e poder" (2ª Pedro 2:11). Sendo menor que os anjos, Jesus podia dizer — sem prejuízo para sua natureza divina — que o Pai era maior do que ele.
Marcos 13:32 — Se em Cristo estão "ocultos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Colossenses 2:3), por que ele afirmou que acerca daquele dia e daquela hora ele não sabia, mas unicamente o Pai?

Essa é uma pergunta de difícil resposta; contudo, convém lembrar do seguinte: Jesus disse que os anjos também não sabiam; sendo assim, o que foi feito menor também não saberia (Hebreus 2:9). Como homem Jesus não tinha sabedoria ilimitada.

Aprendeu como qualquer um de nós (Lucas 2:52). Não cabe ao homem saber os tempos e as épocas que Deus determinou sob sua jurisdição (Atos 1:7).
João 17:1 — Acompanhado desse texto, normalmente vem a seguinte observação dos antitrinitários: Visto que Jesus orou a Deus, pedindo que fosse feita a vontade de Deus, não a sua (Lucas 22:42), os dois não poderiam ser a mesma pessoa; e se Jesus fosse o Deus Todo-poderoso, ele não oraria a si mesmo.
Para inicio de conversa, esse argumento revela certa ignorância do que seja a doutrina da Trindade, pois não acreditamos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam a mesma pessoa, mas, sim, o mesmo Deus, ou seja, possuem a mesma natureza.

O termo "Deus" pode ser aplicado individualmente a cada uma das Pessoas da Trindade (1ª Coríntios 8:5; 1ª João 5:20; Atos 5:3, 4), como pode ser usado como coletivo para abarcar as Três Pessoas Divinas, como em Gênesis 1:1. Assim, não sendo a mesma "pessoa" fica claro que não há nenhum impedimento para que o Filho dialogasse com o Pai.
Na Encarnação Jesus participou das experiências humanas, menos o pecado (2ª Pedro 2:22); Jesus, como todo e qualquer humano, tinha necessidade espirituais. Ele precisa ter contato com o Pai (Mateus 4:4; João 4:34).

Portanto, Jesus dialogou com o Pai, sem deixar de participar da mesma natureza divina, pois ele mesmo disse: "Eu o Pai somos um" (João 10:30). A objeção comum à frase "Eu e o Pai somos um" é a de que isso não significa que Jesus tenha a mesma natureza que o Pai, que ambos sejam de fato um, mas que Jesus apenas frisava sua unidade de propósito e pensamento com o Pai.

A base bíblica apresentada é a de João 17:11, 21, 22, onde Jesus em oração pede que todos os seus discípulos sejam um, assim como ele e o Pai são um. Argumentam que isso não significa que os discípulos serão a mesma pessoa ou que possuirão a natureza divina.

Mais uma fez enfatizamos que a idéia de serem os dois, Pai e Filho, a mesma pessoa, jamais estará em questão. Quanto à idéia de unidade de propósito e pensamento, dizemos que esta está presente em ambas as passagens.

Todavia, segundo o contexto de João 10:30, há muito mais incluído do que simplesmente "unidade de propósito e pensamento". Acompanhe os seguintes raciocínios...
1º — Nesse capítulo, Jesus fala diversas vezes de suas ovelhas. No versículo 28 ele diz que dá a essas ovelhas a "vida eterna" e que elas jamais seriam destruídas (ou pereceriam).

Pergunta-se: Poderia uma criatura, por mais importante que fosse , conceder a outras criaturas a vida eterna e a indestrutibilidade? Não é somente Deus, o Eterno, a fonte da vida? (Salmo 36:9; Atos 17:27, 28). Contudo, Jesus disse de si mesmo: "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25). Disse mais: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6).

Seria pedantismo demais para um arcanjo, uma criatura, mesmo que fosse "o segundo maior personagem do universo", afirmar tudo isso; porém, não o seria para aquele que, junto com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre.

Portanto, pelos versículos precedentes a João 10:30, fica claro que, se o Pai e o Filho são fontes da vida, então Jesus foi além da "unidade de propósito e pensamento" ao dizer "Eu e o Pai somos um". Vale a pena lembrar que, por mais que nos esforcemos, jamais conseguiremos ser a ressurreição, a verdade e a vida.

Assim, devemos nos contentar com nossa "unidade de propósito e pensamento" para com Deus. Já Jesus Cristo, além do que temos (e num grau mais elevado e incomparável), também possui "toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2:9).
2º — Diante da frase "Eu e o Pai somos um", a reação dos judeus foi imediata: acusaram a Jesus de blasfêmia, pois, sendo homem, fazia-se Deus a si mesmo (João 10:33). Eles entenderam exatamente o que Jesus queria dizer com aquele "um".

Não faria sentido acusá-lo de blasfêmia pelo simples fato de expressar com a palavra "um" uma "unidade de propósito e pensamento". Na Tradução do Novo Mundo, João 10:33 é vertido assim: "Nós te apedrejamos, não por uma obra excelente, mas por blasfêmia, sim, porque tu, embora sejas um homem, te fazes um deus".

A frase mal traduzida "te fazes um deus" tenta suavizar a força das palavras de Jesus, que evidentemente igualou-se ao Pai. Ademais, a acusação de blasfêmia só faria sentido para os judeus se Jesus se fizesse igual a Deus, o Pai, e não a "um deus", termo mais do que genérico nessa péssima tradução.

É importante ressaltar que numa outra ocasião Jesus falou aos judeus dizendo: "Meu Pai tem estado trabalhando até agora e eu estou trabalhando" (João 5:17 – TNM). Diante disso, alguns dos judeus queriam matá-lo, e uma das razões apresentadas foi a de que ele chamava Deus de Pai, "fazendo-se igual a Deus" (João 5:18 – TNM).
Percebe-se, portanto, que em ambas as passagens (João 10:29-33 e 5:17, 18) as declarações de Jesus sempre são entendidas como afirmações de igualdade com o Pai, ou seja, ele afirma fazer aquilo do qual somente o Ser Supremo é capaz (compare com Marcos 2:5-11). Assim, se Jesus não fosse tudo aquilo que afirmou ser, direta ou indiretamente, não passaria de um impostor, mentiroso e megalomaníaco.
6. Espírito Santo
Muitos negam a personalidade e divindade do Espírito Santo, como as seitas espíritas e as Testemunhas de Jeová. Para estas o Espírito Santo é uma "força ativa"; para aqueles trata-se de uma "falange de espíritos". Em ambos os casos, o Espírito Santo é algo, não alguém.
A personalidade e divindade do Espírito Santo
A.     É Deus, como o Pai e o Filho (Atos 5:3:4). Compare com Atos 16:31, 34.
B.     É um ser pessoal, pois o Espírito Santo...
·         Guia, fala, declara, ouve (João 16:13).
·         Ama (Romanos 15:30).
·         Clama (Gálatas 4:6).
·         Toma decisões, administra (1ª Coríntios 12:11).
·         Sabe e atinge as profundezas de Deus (1ª Coríntios 2:10, 11; compare com Mateus 11:27 e Lucas 10:22).
·         Pode ser contristado (Efésios 4:30). Comparar com Isaías 63:10.
·         Implora e intercede (Romanos 8:26, 27; comparar com v. 34).
·         Ensina (Lucas 12:12; comparar com 21:14, 15; veja João 14:26).
·         Fala (Atos 10:19). Ver também 13:2; 10:19, 20; 21:11; Mateus 10:18-20).
·         É resistido (Atos 7:51 comparado com Isaías 63:10; Salmo 78:17-19).
·         Proíbe, põe obstáculo (Atos 16:6 e 7; comparar com o v. 7 com Romanos 8:9 e Filipenses 1:19).
·         Ordena, dirige e dá testemunho (Atos 8:29, 39 e 20:23).
·         Designa, comissiona (Atos 20:28). Ver também 1ª Coríntios 12:7-11, comparando com 12:28 e Efésios 4:10, 11.
·         É mencionado entre outras pessoas (Atos 15:28).

1ª Coríntios 6:19 – "Ao lado do templo do verdadeiro Deus na antiga Jerusalém, as Escrituras mencionam muitos outros templo — por exemplo: o templo de Dagom (1ª Samuel 5:2), o templo de Júpiter (Atos 14:13), o templo de Diana (Atos 19:35), e assim por diante.

Cada um era o templo de alguém, ou do Deus verdadeiro ou de um deus falso. Mas a Bíblia também mostra que o corpo físico de cada cristão individualmente se torna um templo. Templo de quem? Um ‘templo do Espírito Santo’(1ª Coríntios 6:19)". — Argumento extraído de As Testemunhas de Jeová refutadas versículo por versículo, de David Reed, Juerp, pp. 89, 90.

D.    Textos e termos mal aplicados ao Espírito Santo
i)        Mateus 3:11 – João Batista disse que Jesus batizaria com o Espírito Santo, assim como ele batizava em água; portanto, assim como a água não é pessoa, tampouco seria o Espírito Santo.
Refutação: É possível se batizado numa Pessoa, sem que ela perca sua identidade pessoal.
·        Romanos 6:3 (batizados em Cristo/batizados em sua morte)
·        Gálatas 3:27 (batizados em e revestidos de Cristo)
·        1ª Coríntios 10:2 (batizados em Moisés)
ii)      2ª Coríntios 6:6 – O Espírito Santo é incluído entre várias outras qualidades, o que indicaria que não se trata duma pessoa (Efésios 5:18; Atos 6:3; 11:24 e 13:52)
Refutação: Em Gálatas 3:27 e Colossenses 3:12 insta-se às pessoas a ficarem revestidas de Cristo, assim como a se revestirem de qualidades como humildade, compaixão etc., sem que isso faça de Cristo uma "força ativa".

iii)    Atos 2:4 – Os 120 discípulos ficaram cheios duma "força ativa" não duma pessoa.
Refutação:
1.      Efésios 1:23 diz que Deus "preenche todas as coisas", o que concorda com Atos 2:4.
2.      Romanos 8:11 diz o Espírito Santo mora ou reside em nós, assim como Efésios 3:17 diz que Cristo reside em nossos corações, da mesma forma que João 14:23 também fala da habitação em nós tanto do Pai, quanto do Filho. Nada disso faz com que o Pai e o Filho deixem de ser pessoas.
iv)    Atos 13:12 – O fato de a Bíblia dizer que o Espírito Santo fala, isso não prova sua personalidade, pois outros textos mostram que isso era feito através de seres humanos ou de anjos.
Refutação:
1.      Atos 3:21 mostra que Deus não falou diretamente, mas por meio da boca dos seus profetas, assim como se diz do Espírito Santo (Atos 28:25).
2.      Comparar Mateus 10:19, 20 com Lucas 21:14, 15 e Jeremias 1:7-9.
 v)      Lucas 7:45, Romanos 5:14, 21, Gênesis 4:7 – Estes textos mostram que coisas abstratas, como a sabedoria, o pecado e a morte são personificados; o mesmo se dá com o Espírito Santo.
Refutação: A Bíblia personifica a sabedoria, o pecado e a morte porque não são pessoas. No caso do Espírito Santo, Ele não é personificado, pois já é uma pessoa. É apenas simbolizado, assim como Jesus e Jeová

1.      Espírito Santo: Pomba (Lucas 3:22); línguas de fogo (Atos 2:3)
2.      Jesus Cristo: Leão (Apocalipse 5:5); cordeiro (João 1:29); Porta (João 10:9); Videira (João 15:1)
3.      Jeová: Fogo (Deuteronômio 4:24); sol (Salmo 84:11)

vi)    Atos 7: 55, 56 – Estevão só viu o Pai e o Filho, não diz ter visto o Espírito Santo.
Refutação: Estevão não podia ter visto o Espírito Santo pelo fato deste estar na terra cumprindo a sua missão, uma vez que fora enviado pelo Filho, que por sua vez fora enviado pelo Pai.

Jesus disse que a menos que Ele próprio fosse embora, o Espírito Santo não viria. Assim sendo, quando Jesus voltou ao céu, enviou o Espírito, razão pela qual Estevão não poderia tê-lo visto. (Ver João 16:7, 8).
7. A fórmula batismal
Argumentos mal aplicados para se batizar somente em nome de Jesus
A.     Em Mateus 28:19, Jesus mandou que os discípulos batizassem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Em Atos 2:38 encontramos os apóstolos batizando em nome de Jesus, porque Jesus é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Refutação: Esse argumento não tem base bíblica, pois as Escrituras estabelecem a distinção entre as pessoas da Trindade, por exemplo: João 10:30.

Assim, é absurda a suposição de que os apóstolos entenderam que Jesus quis dizer que batizassem em seu próprio nome, porque ele era o Pai, o Filho e o Espírito Santo, uma vez que 1ª João 4:14 diz claramente: "E nós (os apóstolos) temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo".
B.     Afirma-se que "Pai", "Filho" e "Espírito Santo" são apenas "títulos", não "nomes próprios", mas que Jesus é "um nome próprio".
Refutação: Se fizéssemos distinção entre "nome" e "título" na Bíblia, não poderíamos entender os nomes bíblicos, porque seus nomes eram seus títulos.

Em Gênesis 29:32, por exemplo, "Rubem" (nome próprio) literalmente quer dizer "um filho", mas "filho" é um título segundo o Unicistas. Jesus (nome próprio) significa "Salvador" (Mateus 1:21), o qual também é um título.
C.    Ensina-se que em Mateus 28:19 se usa a palavra "nome" (singular) e não "nomes" (plural).
Refutação: A Bíblia muitas vezes usa a palavra "nome" (singular) para referir-se a mais de uma pessoa. Veja este exemplo: Gênesis 5:2 ¾ "Homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados". Veja também Gênesis 11:4 e 48: 6, 16.
D.    Alega-se que os apóstolos nunca batizaram "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", mas somente "em nome de Jesus".
Refutação
i)        É verdade que na Bíblia não encontramos os apóstolos batizando a pessoas "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"; tampouco, porém, encontramos na Bíblia os apóstolos recitando a frase "eu te batizo em nome de Jesus Cristo".
ii)      Eles afirmam que os apóstolos recitaram tal frase, quando lêem na Bíblia que algumas pessoas foram batizadas "em nome de Jesus Cristo". A verdade é que não há nenhuma evidência na Bíblia de que os apóstolos tenham recitado tal frase ao batizar.
iii)    Há somente uma pessoa na Bíblia que vemos como foi batizada. Esta pessoa foi o eunuco etíope, que foi batizado por Filipe (At 8:36). Ali, não observamos Filipe dizendo: "Eu te batizo em nome de Jesus". A única coisa que encontramos é que o eunuco dizendo: "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus".
iv)    As evidências mais remotas que temos sobre a maneira em que os cristãos eram batizados na igreja primitiva se encontram num livro intitulado Didache (ou: Ensinamentos dos Apóstolos). Este livro, que foi escrito por volta do ano 110 d.C., diz: "Quanto ao batismo, procedam assim: Depois de ditas todas essas coisas, batizem em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo." (Grifo acrescentado).
v)      Fazer algo "em nome de" alguém significa fazê-lo em sua autoridade, em obediência ao seu mandato, da parte de ou como seu representante, como por exemplo: "E, pondo-os perante eles, os argüíram: Com que poder, ou em nome (= na autoridade ou da parte) de quem fizestes isto?" (Atos 4:7). Veja também João 16:23-26; 1ª Coríntios 1"13-15 e Colossenses 3:17.

Assim, a frase "em nome de" não tem nada que ver com uma fórmula mágica que alguém diz durante cada ação. Quando a Bíblia diz que alguns foram batizados "em nome do Senhor Jesus Cristo" (Atos 2:38; 8:16; 19:5), não quer dizer que os apóstolos literalmente recitaram a frase: "Eu te batizo em nome do Senhor Jesus Cristo" , antes, porém, que as pessoas foram batizadas em obediência à ordem de Jesus, isto é, de acordo com o ensino de Jesus.

Fonte: agirbrasil.org.br

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